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Uso de Cinta no pós-parto? Sim ou não?


Ao colocar-se na balança e deparar-se com o peso extra que ainda permanece no seu corpo, poderá provocar frustração. O abdómen leva tempo a recuperar e, mesmo passado algumas semanas após o parto, ainda parecerá que tem “barriga de grávida”. Muitas mães acham que o uso da cinta é fulcral para a barriga voltar ao lugar, caindo no erro de a “amarrar'”, repetindo assim um erro crasso que passa de geração em geração.

O uso da cinta pós-parto deve ser moderado, nunca usado com o objectivo de obter um ventre liso após a gravidez. Andar com a cinta no dia a dia é prejudicial. Quanto mais tempo usarem a cinta, mais tempo demoram a recuperar a forma que tinham.

Imagine que sua barriga é um balão, que foi enchendo conforme o bebé crescia. Aquando do parto, o balão não perdeu o ar de uma vez - o "ar" vai saindo devagarinho.

Assim que o bebé nasce, as hormonas começam a actuar sobre o útero para que este volte ao tamanho que era antes. Isso demora mais ou menos um mês para acontecer. E a involução completa pode levar até 8 meses.

Se pensa que está a contribuir para uma melhor recuperação dos músculos abdominais, engana-se.

A compressão a que os músculos estão sujeitos é de tal forma, que a mesma ficará “preguiçosa”. O uso da cinta deverá ser aconselhado em casos que realmente o necessitem, quando a mãe sente algum desconforto. Estas são diferentes, e por vezes são apenas uma faixa. Mas necessita de existir uma avaliação prévia.

Depois do parto, a pele e os músculos do abdómen encontram-se distendidos e vai demorar algum tempo até que retomem o seu aspecto original.

Outra questão muito importante é o pavimento pélvico. Um pavimento pélvico fraco não terá capacidade de suster o excesso de pressão causado pelo uso da cinta. Imaginem, se pressionamos a barriga, a pressão será exercida no lado mais fraco. Neste caso será o pavimento pélvico.

Dificulta também a recuperação pós-parto e compromete a normal localização dos órgãos pélvicos da mulher no futuro, por ex. a incontinência urinária, pode surgir só na menopausa, devido a uma deficiente recuperação no pós-parto.

Em caso de cesariana, o uso constante da cinta impede os músculos de se tornarem funcionais e atrapalham o fluxo sanguíneo, o que, em vez de ajudar, piora a recuperação dos tecidos. Neste casos um penso de silicone oferece conforto e não compromete a cicatrização dos tecidos.

A rapidez da transição para mais perto do "normal" depende de como era seu corpo antes de engravidar, de quantos quilos engordou na gravidez, do nível de actividade física e de algo que não tem como mudar: os seus genes.

Mas acima de tudo, calma. O corpo levou 9 meses a preparar-se para o parto, leva o seu tempo a recuperar.

Ft. Soraia Coelho

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